quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Trem Bala






Trem Bala

  • Trem Bala
Um trem de alta velocidade (ou trem-bala) é um transporte público que circula em caminhos de ferro excedendo os 200km/h.
Tipicamente, os comboios de alta velocidade viajam a velocidades de cruzeiro entre os 250 km/h e os 300 km/h. A marca mundial de velocidade para um comboio convencional com rodas foi estabelecida em 2007 por um TGV francês que atingiu a velocidade de 574,8 km/h. O comboio protótipo japonês de levitação magnética (maglev) JR-Maglev MLX01 estabeleceu o recorde de velocidade de um comboio ao atingir os 582 km/h.
No dia 3 de Abril de 2007 foi batido oficialmente o anterior recorde de comboios convencionais ao ser atingida a velocidade de 574,8 km/h. Este teste, na nova linha Paris-Estrasburgo, teve o nome de código V150 aludindo aos 150 metros/segundo de velocidade que se pretendia atingir (correspondente a 540 km/h).

  • Definição

O grupo de trabalho da União Internacional de Caminhos-de-Ferro fornece definições de viagens de comboio de alta velocidade. Não existe apenas uma única definição do termo, mas uma combinação de elementos — carris novos ou actualizados, material circulante, práticas de exploração — que levam a que um dado serviço seja ou não considerado como de alta velocidade.

A velocidade a que um comboio deve circular para ser qualificado de "Alta Velocidade" varia de país para país, oscilando desde os 160 km/h até aos 300 km/h.

Entre os países que possuem comboios de alta velocidade em operação contam-se: Alemanha, China, Coreia, Espanha, França, Itália, Japão e Portugal.

  • História

Os caminhos-de-ferro foram a primeira forma de transporte de massas, e até ao desenvolvimento do automóvel no início do século XX tinham um monopólio efectivo no transporte terrestre.

Nas décadas posteriores à Segunda Guerra Mundial, o petróleo barato, juntamente com melhoramentos nos automóveis, auto-estradas e aviação, tornaram estes meios mais práticos para uma grande porção da população do que antes.

Na Europa e no Japão, foi dada ênfase à reconstrução no pós-guerra, enquanto que nos Estados Unidos foi dada à construção de um enorme sistema de auto-estradas interestaduais e aeroportos. Os sistemas de transporte de massas foram grandemente negligenciados nos EUA. Os caminhos-de-ferro dos Estados Unidos foram-se tornando cada vez menos competitivos, em parte devido à tendência do governo em favorecer o transporte aéreo e rodoviário, mais do que no Japão e nos países europeus, e em parte também devido à menor densidade populacional.

As viagens de comboio tornam-se mais competitivas nas áreas de maior densidade populacional e onde o custo do petróleo for elevado, devido ao facto de os comboios convencionais terem consumos de combustível mais eficientes que os carros (embora algumas vezes menos eficientes que os autocarros). Muito poucos comboios consomem diesel ou outros combustíveis fósseis, mas as centrais eléctricas que fornecem electricidade aos comboios eléctricos consomem normalmente gás natural e carvão. No entanto, no Japão e na França, existe uma grande proporção de electricidade proveniente de energia nuclear. Mesmo consumindo electricidade gerada a partir de carvão e petróleo, os comboios são mais económicos por passageiro por quilómetro percorrido do que um automóvel típico.

A actualização das redes ferroviárias exige investimentos pesados e por isso só é competitiva com os aviões ou automóveis desaparecendo os subsídios ao custo do combustível (como por exemplo nos EUA), ou face a altas densidades populacionais (como se passa na Europa e Japão).

O primeiro sistema de caminhos-de-ferro de alta-velocidade foi o japonês Shinkansen na linha Tokaido Shinkansen, lançado oficialmente em 1964. Os comboios Shinkansen da série 0 foram construídos pela Kawasaki Heavy Industries, alcançando velocidades de 200 km/h na rota Tóquio-Nagoya-Quioto-Osaka.

Os comboios de alta-velocidade foram concebidos para recuperar os passageiros de comboios perdidos para outros meios de transporte, tendo em muitos casos sido muito bem sucedidos nos seus objectivos.